segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

E.B.I

Um Modelo de Oração 
05/07/07 

Portanto, vós orareis assim: (Mt 6.9)


Na hora do almoço, Edu chegou à mesa impressionado.

- Papai – disse ele – estava lendo a Bíblia com Ingrid. Pelo que vimos, acho que todo o mundo na igreja ora errado!

- Ué!? Por quê? – perguntou papai.

- A gente não pode dizer qualquer palavra na oração. Jesus disse para a gente orar de um jeito só. É a oração do Pai Nosso.

- Filho – disse papai, passando a mão no cabelo de Edu – parabéns por estar estudando a Bíblia. Após o almoço, estudaremos todos juntos essa passagem bíblica.

Edu nunca havia almoçado tão rápido quanto almoçou naquele dia. Estava ansioso pelo momento de estudo que teria em seguida. Então, papai abriu a Bíblia e começou a leitura.

- Veja, filho, logo antes de mencionar a oração, Jesus disse que, “orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos”. Entendemos, então, que aquela oração que Ele fez não é para ser repetida de forma vã (sem nem prestar atenção no que ela quer dizer), mas, sim, para servir de modelo. Vamos ler essa oração aos poucos.

Pai nosso


Quando oramos, precisamos, em primeiro lugar, reconhecer que Deus é nosso Pai. O escritor da carta aos hebreus disse que é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam (Hb 11.6). Deus, como Pai, ama seu filho e está disposto a atendê-lo. Jesus Cristo falou sobre o Pai, certa vez, dizendo: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” (Mt 7.11).
Por isso, devemos nos dirigir a Deus com a convicção de que Ele é nosso pai.

Que estás nos céus

Deus, na sua onipresença, está em todos os lugares. Os céus contêm a Sua presença. A terra, também. Deus disse: “o céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés” (Is 66.1). O salmista Davi, certa vez, falou a respeito de Deus: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também;  se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares,  ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá.” (Sl 139.7-10). Não há local do mundo, nem situação difícil em que Deus não possa estar presente. Davi disse em outra ocasião que, ainda que passasse pelo vale da sombra da morte, ali Deus estaria com ele (Sl 23.4). Não importa por qual vale você está passando. Deus está presente com você.

Santificado seja o teu nome

A seguir, em nossas orações, devemos reconhecer que Deus é santo. Por isso, devemos buscar também sermos santos, pois, sem santidade, ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Se não tivermos santidade em nossa vida, a nossa comunhão com Deus não terá progresso. Mesmo que Ele tenha o amor de pai e a Sua presença esteja ao nosso lado, Ele não poderá revelar-se a nós como gostaria. Por isso, precisamos orar, glorificando-o e exaltando-o por sua santidade, e buscando essa santidade para nós próprios.

Venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu


 Após reconhecermos que Deus é nosso Pai, que está junto a nós, ouvindo nossa oração, e que Ele é santo, não é um deus vulgar como os deuses deste mundo, mas merece nossa honra, nosso louvor e adoração, passamos a ter a convicção de que estamos seguros quando entregamos nossa vida a Ele. Por isso, passamos a pedir que Ele reine em nós, que a vontade dEle cumpra-se em nossa vida assim como ela se cumpre nos céus. O céu reflete a glória de Deus porque a Sua vontade domina naquele lugar. Assim também ocorrerá em nossa vida quando a Sua vontade se realizar em nós: manifestaremos a Sua glória.

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.


O pão é, provavelmente, o alimento mais básico para o ser humano. Essa receita de culinária existe há milênios. Isso mostra-nos que Deus deseja que levemos a Ele até mesmo nossas necessidades mais básicas. E devemos fazer isso todos os dias. Não podemos deixar algumas necessidades somente conosco, sem colocá-las na presença do Senhor por achá-las pequenas. Vários problemas pequenos transformam-se, juntos, num grande problema. Deus deseja que dependamos dEle diariamente em tudo, assim como o povo de Israel dependia diariamente do maná que Ele enviava no deserto.

Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores.


Jesus ensina-nos que devemos saber perdoar uns aos outros (Mt 18.22). Quando perdoamos, ficamos libertos daquela ofensa que recebemos. Aquilo não poderá mais nos prejudicar. As orações podem até mesmo ficar interrompidas quando houver falta de perdão (1 Pe 3.7). Jesus Cristo mostra-nos que, para pedirmos perdão a Ele, precisamos também perdoar aos nossos ofensores, deixando tudo a Seus pés, para que a Sua justiça, e não a nossa, aja com perfeição em todas as dificuldades (Rm 12.19).

A falta de perdão desvia nossa visão de Deus para aquele determinado problema. Quando isso acontece, deixamos de depender de Deus e passamos a buscar a solução para aquela situação através de nossos próprios métodos, negando ao Senhor dos senhores a liberdade para que Ele venha a agir com Seu poder. Muitas vezes, Deus quer agir transformando o inimigo em um amigo. Isso pode ocorrer através de uma transformação em nós ou naquele ofensor, ou, o mais comum, em ambos. Mas aquele que não perdoa não admite que isso ocorra, recusando-se a aceitar a ação de Deus, perpetuando em si, por isso, uma triste vida de amargura e derrota.

E não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal.


A batalha espiritual no dia-a-dia traz um grande desgaste a todos os que estão seriamente empenhados nessa guerra. Por isso, precisamos estar constantemente repondo a unção que gastamos nessas lutas através de oração, jejum e estudo da Palavra. Deus orienta-nos, neste versículo, a pedirmos que o mal e a tentação não estejam próximos a nós. A Bíblia adverte-nos a fugir do mal (1 Co 6.18; 1 Co 10.14). Quanto mais formos tentados, maior será o nosso desgaste e, conseqüentemente, maior o tempo gasto para repormos aquilo que perdemos. Não podemos gostar de estar próximos ao mal e à tentação. Ao contrário, devemos orar para que estejamos o mais longe possível desse desgaste espiritual, a fim de que toda a unção de Deus em nossa vida seja usada para o empenho no progresso de Sua obra. Assim, teremos mais força para estarmos sempre avançando, e nunca parados ou retrocedendo.

Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!


 Ao concluirmos a oração, devemos glorificar a Deus, reconhecendo que Ele tem todo o poder e a glória. Todo o poder está em Suas mãos para agir da melhor forma nos seus projetos e em seus desígnios. Nada pode deter a mão de Deus. Nenhum de Seus planos pode ser frustrado (Jó 42.2). Dele é o Reino e o domínio para sempre. Por isso, podemos chegar em Sua presença com temor e tremor (Fp 2.12), mas certos de que Ele existe e que se torna galardoador dos que O buscam.

Leitura Bíblica: Mt 6.1-20

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