sexta-feira, 6 de abril de 2012

COMO ERA O VESTUÁRIO NOS TEMPOS BÍBLICOS E QUAL ERA A SUA DIFERENÇA.

O Vestuário dos Tempos Bíblicos




torah livro sagrado dos judeus





O guarda-roupa do indivíduo que vivia nos tempos bíblicos era básico. Uma tanga (talvez) era usada por baixo da túnica, e também se usava alguma forma de cobertura para a cabeça. Calçados e casaco eram opcionais. As pequenas variações nesse padrão durante os dias bíblicos ficavam no terreno das cores, material e estilo, em vez de nas provisões básicas, pois roupas desse tipo se adaptavam melhor a um clima relativamente quente. Paulo usava a túnica presa na cintura por um cinto, como uma metáfora para o estilo de vida do povo escolhido de Deus (Cl 3.12), e todos compreendiam que ele falava do que era básico.



A roupa de baixo, quando usada, era uma tanga ou saiote. Pedro usava a tanga quando ficava "nu" ou "despido" no barco de pesca da família (Jo 21.7). Jesus foi crucificado usando apenas a tanga, porque os soldados já haviam removido sua túnica (Jo 19.23).



A Túnica

A túnica era a peça essencial, sendo feita de dois pedaços de material, costurado de forma que a costura ficasse horizontal, à altura da cintura. Quando eram tecidas litas no material do tear, elas caíam verticalmente no tecido acabado. A túnica era como um saco em muitos aspectos. Havia uma abertura em V para a cabeça, e cortes feitos nas duas laterais para os braços. A túnica era geralmente vendida sem a abertura em V, para provar que era realmente nova. O material podia ser lã, linho ou até algodão, segundo as posses do usuário. As túnicas feitas de pano de saco ou pelo de cabra eram muito desconfortáveis por causarem irritação na pele. Só eram então usadas em épocas de luto ou arrependimento.



As túnicas masculinas eram quase sempre curtas e coloridas; as das mulheres chegavam aos tornozelos e eram azuis, com bordados no decote em "V", o que em alguns casos indicava a aldeia ou região do usuário. A túnica usada por Jesus deve ter sido da última moda, por não ter a costura central. Teares preparados para acomodar o comprimento total da túnica só foram inventados nos seus dias (veja Jo 19.23).



A túnica era presa à cintura por um cinto de couro ou tecido áspero. O cinto tinha às vezes uma abertura, para colocar um bolso onde guardar dinheiro ou outros pertences pessoais (Mc 6.8). O cinto era também útil para enfiar armas ou ferramentas ( 1 Sm 15.13). Quando os homens precisavam de liberdade para trabalhar ou correr, levantavam a barra da túnica e a prendiam no cinto, tendo assim maior liberdade de movimento. isso era chamado de "cingir os lombos", e a frase tornou-se uma metáfora para os preparativos. Pedro recomenda, por exemplo, discernimento claro, aconselhando os cristãos a cingirem o seu entendimento ( 1 Pe 1.13). As mulheres também levantavam a barra da túnica - no caso delas - para levarem coisas de um lugar para outro. Não eram usadas roupas de dormir no fim do dia; o cinto era afrouxado e a pessoa deitava-se com a sua túnica.









ROUPAS MASCULINAS.

ESQUERDA PARA DIREITA: TRABALHADOR COM A TÚNICA ENROLADA

NO CINTO; HOMEM USANDO MANTO DE LÃ GROSSA SOBRE A TÚNICA;

HOMEM RICO COM MANTO FRANJADO E COLORIDO.





O Manto

Quando o indivíduo era suficientemente rico para comprá-lo, ou quando o frio exigia, um manto (ou capa) era usado sobre a túnica. Os mantos eram feitos de duas formas. No campo, onde o calor era determinante, eles enrolavam material pesado de lã ao redor do corpo, costurando-o na altura dos ombros e abrindo fendas para a passagem dos braços. O manto era a única forma de proteção para muitos, portanto, mesmo recebido como penhor de um empréstimo, ele tinha de ser devolvido ao dono antes do anoitecer para que pudesse agasalhar-se na friagem da noite (Êx 22.26,27). pela mesma razão um tribunal judeu jamais daria um manto como recompensa.



O outro tipo de manto era como um vestido frouxo com mangas largas. Quando feito de seda era um traje de gala, e o indivíduo rico jamais sairia de casa sem ele. os fariseus usavam franjas azuis na orla de seus mantos, a fim de que os outros vissem que eles guardavam a lei registrada em Números 15.38,39. Em vista de essa prática tender ao exibicionismo, ela foi condenada por Jesus (Mt 23.5). A mulher que sofria de hemorragia quis provavelmente tocar essa extremidade do manto de Jesus (Mt 9.20).



Calçados

Os pobres quase sempre andavam descalços, mas outros usavam sandálias simples. A sola era feita de um pedaço de couro de vaca cortado na forma do pé. Ela era ligada ao pé por uma tira comprida que passava através da sola, entre o dedo maior e o segundo dedo do pé, e era amarrada ao redor do tornozelo (Lc 3.16). Um outro modelo prendia alças feitas ao redor da sola com uma tira, cruzando-as por sobre o pé. Chinelos eram também usados.









SANDÁLIA DE COURO DO SÉC. I D.C., ENCONTRADA NA

FORTALEZA DE MASSADA.









Chapéus

A maioria dos homens parece ter usado uma cobertura no alto da cabeça: um pedaço de material dobrado em forma de tira com um dos lados virado para cima, de modo a dar uma aparência de turbante. As mulheres usavam um quadrado de material dobrado para proteger os olhos e que caía sobre o pescoço e ombros, como proteção completa contra o sol, o qual era mantido no lugar por um cordão trançado. Um véu transparente era usado algumas vezes sobre a cabeça para que a mulher não mostrasse o rosto em público. Só o marido podia ver a face da esposa. Rebeca ocultou assim o rosto antes de casar-se com Isaque ( Gn 24.65). Na cerimônia de casamento o véu era retirado do rosto da noiva e colocado no ombro do noivo, com a declaração: "O governo está sobre os seus ombros" (Is 9.6).



Limpeza das Roupas

As roupas eram lavadas, permitindo que a água limpa de um regato passasse pela trama do tecido removendo a sujeira; ou colocando as roupas molhadas sobre pedras chatas e esfregando a sujeira. Davi usou a ideia de lavar roupas como símbolo da ação necessária para limpar o seu pecado (Sl 51.2). O sabão era feito de óleo de oliva ou um álcali vegetal.









TRAJES DE UM CASAL RICO.

NOTE O MANTO DELE COMO UM VESTIDO E AS MANGAS LARGAS;

A MULHER USA BRACELETES, PINGENTE, BRINCOS E TIRA NA CABEÇA.







Vestuário Básico

Bem poucos podiam adquirir roupas devido ao seu alto preço. Os pobres só tinham uma muda de roupa. Portanto era comum trocar uma pessoa por um par de sapatos (Am 2.6), e foi praticamente revolucionário dizer ao povo que desse as túnicas de reserva como fez João Batista (Lc 3.11). É interessante ver que na sua codificação da lei no século I d.C., os judeus fizeram uma lista de roupas que podiam ser resgatadas de uma casa incendiada no sábado - interessante porque a lista indica o valor das roupas e menciona peças familiares na época. A lista está dividida em duas seções, para homens e mulheres ( as crianças usavam versões menores das roupas dos adultos).



Muitos dos nomes das peças são gregos, mas os padrões básicos são exatamente os mesmos. As roupas tinham tamanha importância que rasgá-las em pedaços era um sinal de intenso sofrimento ou luto (Jó 1.20).









Ornamentação

Além das roupas, eles usavam muitos outros recursos, tais como maquiagem, enfeites e tratamento de cabelo. Esse aspecto era tão importante para as mulheres da época do Novo Testamento que as cristãs foram advertidas a se enfeitarem com um espírito manso e tranquilo ( 1 Pe 3.3,4). os cosméticos eram feitos com kohl (carbonato verde de cobre) ou com galena ( sulfeto negro de chumbo) (Ez 23.40).











ROUPAS E COSMÉTICOS DAS MULHERES ROMANAS SÃO

MOSTRADOS NESTE PAINEL DEDICADO PELAS SERVIÇAIS

DE UM SERVIÇO RELIGIOSO.









PENTE ROMANO DE MARFIM, INSCRITO COM O NOME

DE SUA PROPRIETÁRIA: MODESTINA.





Isaías descreve com detalhes a ornamentação usada em sua época (Is 3.18-21). Muitos dos brincos, braceletes e pingentes eram engastados com pedras preciosas, mas é extremamente difícil identificar a natureza exata das pedras nas linguagens antigas. Óleos eram usados como base para pigmentos que coloriam os dedos das mãos e dos pés. Os cosméticos poderiam ser aplicados com os dedos ou com uma pequena espátula de madeira. os homens usavam frequentemente um anel no dedo ou uma corrente ao redor do pescoço, mas esses anéis serviam mais para selar do que como decoração. Nos dias do Antigo Testamento, o cabelo era um item importante, sendo raramente cortado.









CAMPONESA (EM PRIMEIRO PLANO) - NOTE AS SANDÁLIAS

SIMPLES DE COURO - E UMA MULHER RICA. AMBAS TÊM A CABEÇA COBERTA.







Curiosidades



Roupas masculinas/Roupas femininas

Deuteronômio 22.5. Em vista da túnica ser tão básica, ela era idêntica para homens e mulheres, exceto que a do homem era geralmente mais curta ( na altura do joelho) e a da mulher mais longa ( na altura do tornozelo) e azul. A proibição de trocar as roupas teve sua origem no estímulo sexual que fazia parte da religião cananita.



O "casaco colorido de José"

Gênesis 37.3. José ganhou uma túnica feita de muitas peças. As peças adicionais eram provavelmente mangas compridas que atrapalhavam quando havia serviço a fazer. (Quando as mulheres usavam mangas longas e largas, elas as amarravam atrás do pescoço, para que os braços ficassem livres). Isso indicava que José não devia fazer trabalho pesado; ele era o herdeiro escolhido para governar a família.



O manto e a túnica

Mateus 5.40; Lucas 6.29. Jesus não entendera mal e não estava se contradizendo. No primeiro caso, Jesus falava sobre o tribunal que podia tirar a túnica, mas não a capa da pessoa. No segundo caso, um ladrão iria roubar primeiro a roupa de cima, que era valiosa.



Cobrindo a cabeça das mulheres

1 Coríntios 11.10. As mulheres andavam com a cabeça coberta e usavam véu fora de casa. Só as prostitutas mostravam a face e exibiam os cabelos para atrair os homens. Paulo diz então aos cristãos que se uma mulher não usar véu na igreja, deve ter a cabeça raspada; mas é melhor que cubra a cabeça. Mesmo quando os cristãos têm liberdade para a prática da sua fé, não devem contrariar os bons costumes.



A armadura de Deus

Efésios 6.10, 11. Paulo se refere à roupa usada pelo soldado. Ele combina a profecia de Isaías sobre a armadura de Deus ( Is 59. 16, 17) com o que sabe sobre o soldado romano. Por baixo da armadura do soldado estava uma vestimenta básica para "ficarem firmes", de modo que a armadura (casaco e saia de couro cobertos com placas de metal) pudesse ajustar-se por cima. os soldados romanos tinham sandálias pregadas com tachas grandes que firmavam seus pés no chão. Paulo usa a descrição para dizer que o diabo não poderá derrubar os cristãos se eles forem estritamente honestos, absolutamente justos em seus tratos e não se deixarem perturbar facilmente. Acrescente a isso uma salvação que os capacita a viver segundo o padrão de Deus, com acesso ao que Deus disse e confiança nEle, e o cristão estará bem protegido.



Os trajes do sacerdote

Êxodo 28. Os sacerdotes usavam uma roupa de linho sobre a parte de cima da túnica, talvez para mantê-la limpa, chamada estola ( 1 Sm 2.18, 19). O sumo sacerdote usava roupas especiais, mas continuava seguindo a provisão básica. A túnica era azul, a estola ricamente bordada, e havia nesta uma espécie de bolsa incrustada de jóias contendo dois discos para determinar a vontade de Deus, ao serem lançadas sortes. A capa era branca. Ele usava um turbante especial na cabeça.









Referência Bibliográfica:



GOWER, Ralph; Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, 1 ed, 2002, Casa Publicadora das Assembleias de Deus, Rio de Janeiro.







fonte: O Peregrino Cristão

domingo, 1 de abril de 2012

Quebrantamento


by David Wilkerson
April 26, 2010

[May 19, 1931 – April 27, 2011]



PDF TXT Print





April 26, 2010

Davi escreveu diversas vezes sobre quebrantamento em seus Salmos. Ele falou da proximidade de Deus para com os que estão quebrantados: “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Salmos 51:17). “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito” (Salmos 34:18).



Deus também fala através do profeta Isaías para expressar Seu amor por todos os que estão quebrantados em espírito: “Eis para quem olharei: para o humilde e contrito de espírito, que treme da minha palavra” (Isaías 66:2). “Porque assim diz o Alto e o Excelso que habita na eternidade e cujo nome é santo: Num alto e santo lugar habito, e também com o contrito e humilde (quebrantado) de espírito, para vivificar o espírito dos humildes, e para vivificar o coração dos contritos” (Isaías 57:15, itálicos meus).



Quão incríveis promessas o nosso Senhor deu àqueles que são contritos em espírito. Ele se compromete a habitar com todos os que foram quebrantados, e a revificar seus corações.



Tanto o salmista quanto Isaías estão falando profeticamente de um quebrantamento que aponta para a morte e ressurreição de Jesus

Há um quebrantamento físico que é resultado do desespero humano. Estou falando do luto, da dor emocional, da angústia proveniente de aflições físicas. No entanto, o quebrantamento do qual falam Isaías e o salmista refere-se a algo além do desespero humano. Eles estão falando de quebrantamento espiritual.



O quadro mais genuíno de quebrantamento espiritual é encontrado em Lucas 19. Nessa passagem Jesus está entrando em Jerusalém montado em um jumentinho:



“E quando chegou perto e viu a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! Se tu conhecesses, ao menos neste dia [tempo], o que te poderia trazer a paz! Mas agora isso está encoberto aos teus olhos” (Lucas 19:41 e 42).



Os evangelhos mostram poucas ocasiões em que Jesus chorou. Uma vez foi junto à tumba de Lázaro. Naquela passagem, a tradução diz que Cristo “chorou silenciosamente”. Mas aqui em Lucas 19, ao Jesus entrar em Jerusalém a tradução em grego significa, “CHOROU ALTO".



Jesus nos dá a razão pela qual chorou com tantas lágrimas: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que a ti são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta a sua ninhada debaixo das asas, e não quiseste!" (Lucas 13:34).



Aqui estava a fonte da agonia de Jesus. Lemos que Cristo “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam”. Jesus se lamentava dizendo, “Se ao menos tivessem aceitado as coisas que Eu lhes disse! Isso teria lhes trazido a Minha paz, Minhas bênçãos, Minha esperança e propósito para suas vidas”.



Como cristãos sabemos que Jesus é a única esperança para o mundo

Todo crente sabe que temos Alguém a quem recorrer. Temos uma fonte à qual podemos recorrer para buscarmos força e consolação, porque cremos que Jesus é quem Ele afirmou ser. Paulo fala desta esperança ao escrever:



“Portanto, lembrai-vos que outrora vós – estáveis naquele tempo sem Cristo... estranhos aos pactos da promessa, NÃO TENDO ESPERANÇA e sem Deus no mundo. Mas agora em Cristo Jesus... pelo sangue de Cristo chegastes perto. PORQUE ELE É A NOSSA PAZ” (Efésios 2:11-14, maiúsculas minhas).



O autor de Hebreus acrescenta, “Nós que já corremos (em Cristo) para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por âncora... segura e firme” (Hebreus 6:18 e 19).



Eis a diferença entre nós, que encontramos refúgio em Cristo, e as multidões que estão perdidas: eles rejeitaram o resgate. Para muitas pessoas hoje, a verdade da morte de Jesus na cruz bem como Sua ressurreição, não passam de uma fábula.



Como os profetas alertaram, tais pessoas O ouviram e rejeitaram voltando-se para seus próprios caminhos. Estão perdidos sem esperança – e que perda trágica é essa.



Essa tragédia começa com aquilo que as multidões perderam

A geração perdida hoje é como a multidão em Jerusalém pela qual Jesus chorou. As pessoas nos dias de Cristo perderam o que Ele queria ter-lhes dado.



Eles perderam a verdadeira liberdade. Perderam a paz que vem da segurança de ter todos os pecados perdoados. Perderam o toque curativo de Jesus. Perderam um abrigo para a tempestade. Perderam a permanente, consoladora e guiadora presença do Espírito Santo.



Foi por essa massa humana perdida que Jesus chorou e clamou, “Se ao menos! Se ao menos vocês soubessem o que Eu queria para as suas vidas. Se ao menos tivessem pego o que lhes ofereci. Eu queria lhes abrigar, espalhar Minhas asas de consolação sobre vocês. Se ao menos tivessem ouvido. Se ao menos conhecessem o Meu amor e as Minhas misericórdia para vocês”.



“Mas agora isto está encoberto aos teus olhos... porque não conheceste o tempo da tua visitação” (Lucas 19:42, 44).



O que Jesus diz sobre os que O rejeitam? “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram” (Mateus 7: 13-14).



As multidões dos dias de Jesus rejeitaram Sua oferta. E hoje Sua oferta ainda está sendo rejeitada. Contudo este ainda é o dia da visitação para essa geração. De quantas multidões Cristo irá dizer, “se ao menos”?



O que Jesus viu, exatamente, que partiu Seu coração e O fez chorar?

Cristo olhou as multidões de judeus e gentios tentando desesperadamente agradar a Deus através de rituais. Ele viu multidões de pessoas abatidas, com espírito pesado, se desesperando por causa dos esforços feitos ao longo de toda uma vida para agradar a Deus. Eles todos eram muito sinceros quando praticavam os rituais que lhes eram impostos. No entanto, isso só aumentava as suas cargas. Os próprios judeus tinham 613 leis e rituais para guardar. E os gentios tinham muito mais deuses para tentar agradar.



Imagine quão profunda deve ter sido a tristeza de Jesus ao testemunhar isso. Ele tinha acabado de passar três anos pela terra pregando às multidões “Eu sou o caminho, o único caminho para o Pai. Eu sou a ressurreição e a vida. Nenhum homem pode vir ao Pai se não for por Mim”.



Agora Ele via as multidões entrando e saindo das sinagogas e templos - e em Seu olho profético, Ele via isso acontecendo não apenas em Jerusalém, mas no mundo inteiro ao longo do tempo.



De fato, o que Jesus via acontecendo então, está acontecendo neste exato momento. Milhões de pessoas ao redor do mundo oferecem sacrifícios aos seus deuses todos os dias esperando apaziguar suas iras. Alguns até mesmo afligem seus corpos com grandes dores como oferta às suas divindades. A qualquer dado momento milhares de preces e cantos são levados ao alto em tentativas desesperadas de encontrar esperança.



Frequentemente vejo multidões de estrangeiros durante minhas caminhadas de oração pela praça de Times Square

Toda vez que faço tais caminhadas, vejo muitos turistas de vários lugares do mundo. Visitantes da Índia chegam aqui provenientes de uma terra com mais de um milhão de deuses. Visitantes da China e Japão representam nações com outros milhões de deuses.



A maioria dessas pessoas procura pela mesma coisa: expiação. Elas estão desesperadas por uma saída para aplacar seus deuses, desesperadas para oferecer um sacrifício que vá ajudá-las a escapar da culpa por seus pecados. A grande pergunta para todos eles é, “Como eu faço para obter paz com meu deus?”.



Quando Jesus olhou ao redor do templo, viu pessoas em toda parte comprando cordeiros, cabras ou pombos para oferecerem como sacrifícios. Foi quando grande dor sobreveio a Ele:



“E quando chegou perto e viu a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! Se tu conhecesses, ao menos neste dia, o que te poderia trazer a paz! Mas agora isso está encoberto aos teus olhos” (Lucas 19:41 e 42)



Cristo estava dizendo, “Se ao menos vocês conhecessem a provisão que Meu Pai celestial fez para vocês. Vocês conheceriam a paz que excede todo o entendimento”.



A Bíblia oferece esse mesmo clamor “Se ao menos!” de ponta à ponta

Se ao menos tivessem crido na promessa de Deus para Abraão. Cada uma das três maiores religiões do mundo – cristianismo, judaísmo e islamismo – reivindicam Abraão como sendo o pai de sua fé. No entanto poucos dentro dessas religiões compartilham a fé que Abraão tinha em Deus.



Em obediência a Deus, Abraão levou seu filho Isaque ao monte para oferecê-lo como sacrifício. Ao longo do caminho Isaque perguntava ao pai, “Onde está o cordeiro para o sacrifício?”. Abraão respondia com fé: “Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto” (Gênesis 22:8). E Deus o fez, levando Abraão a encontrar um carneiro preso num arbusto.



A fé de Abraão fala conosco claramente hoje, da mesma forma como falou com Isaque: “Se ao menos você estivesse atento, veria a provisão de Deus para o sacrifício”.



Se ao menos o povo de Deus tivesse crido nas palavras de João Batista. Aqui estava um dos seus próprios profetas, venerado e digno de confiança que falou o seguinte de Jesus: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Mais tarde, João novamente identifica a Jesus do seguinte modo: “E olhando para Jesus, que passava, disse: Eis o cordeiro de Deus!” (João 1:36).



Deus proveu o Seu próprio cordeiro para o sacrifício: Jesus, Seu único filho. E quando Cristo foi crucificado, sepultado e ressuscitado dos mortos, Ele se tornou a nossa expiação, a nossa paz. Jesus voluntariamente tomou sobre Si nossos pecados, culpas e vergonha. Ele morreu e ressuscitou para tornar livres todos os homens.



"Sabendo que não foi mediante cousas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus” (1 Pedro 1:18-21).



Pedro nos relembra a gloriosa verdade: “Cristo é a nossa esperança!”.



Jesus foi ressuscitado como a nossa única justiça, a nossa única maneira de agradar a Deus

O Pai disse isso a respeito de Jesus, “Esse é o Meu filho amado de quem Me agrado”. O apóstolo Paulo nos relembra disso vez após vez ao longo de suas epístolas, ensinando que somente Cristo é a nossa justiça aos olhos de Deus.



“Mas agora, sem lei, tem-se manifestado a justiça de Deus, que é atestada pela lei dos profetas; isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois não há distinção. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3:21-24).



Paulo então acrescenta, “Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus atribui a justiça sem as obras, dizendo: bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputará o pecado" (Romanos 4:6-8).



O apóstolo está dizendo, “Justiça unicamente por meio da fé é: ser encontrado em Cristo não tendo minha própria justiça ou retidão. A minha própria ‘justiça’ é aquela da lei. Mas a justiça que é de Cristo vem baseada na fé”.



Podemos dar aos pobres e necessitados, podemos ser bondosos, podemos ter pensamentos bons e honrosos. E podemos convencer a nós mesmos que essas boas obras vão ajudar a sermos salvos no dia do juízo. Não é assim. Mesmo se eu vivesse por anos sem quebrar a Palavra de Deus em pensamento e obras, isso não me daria crédito algum. “Não pelas obras que temos feito... mas pela fé no sangue vertido de Jesus”.



Não digo isso de maneira leviana. É devastador para qualquer pessoa ouvir, “Suas boas obras não vão te salvar”. De fato, não podemos convencer ninguém disso. Tal convencimento requer um milagre da misericórdia de Deus; é um trabalho que deve ser realizado pelo Espírito Santo.



Eis o sacrifício que devemos fazer, de acordo com Isaías: “O sacrifício aceitável a Deus é o espírito quebrantado; ao coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Salmos 51:17).



Finalmente, o que é quebrantamento?

Quebrantamento é desistir de alcançar o céu através de qualquer quantidade de bondade pessoal. É deixar de lado toda confiança em nossos próprios esforços. É se voltar totalmente para a vitória da cruz de Cristo, crendo que Ele é o único caminho. Finalmente, é confiar Nele para nos dar poder através de Seu Espírito para correspondermos ao que Ele requer em nossas vidas.



Isso é quebrantamento, contrição, humildade. E precisamos de tal quebrantamento para continuarmos a andar em fé: “Perto está o Senhor dos que tem o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito” (Salmos 34:18).



“Porque assim diz o Alto e o Excelso, que habita na eternidade e cujo nome é santo: Num alto e santo lugar habito e também com o contrito e humilde de espírito, para vivificar o espírito dos humildes, e para vivificar o coração dos contritos” (Isaías 57:15).



Não importa como eu possa me sentir, Cristo é a minha justiça e retidão. Não importa quantas dúvidas possam se levantar, Cristo é minha justiça. Não importa quantas acusações eu ouça do Diabo durante o dia, eu permaneço nisso: Deus vê a mim como justo em Cristo!



“Eis para quem olharei: para o humilde e contrito de espírito, que treme da minha palavra” (Isaías 66:2).



Onde está o Cordeiro de Deus agora? Está no céu, assentado em Seu trono, Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Príncipe da Paz. Um dia todas as religiões do mundo irão prostrar seus joelhos ante Jesus e confessar que Ele é o Senhor. “Todo joelho se dobrará, toda língua confessará, que Ele era – Ele é – o eterno Cordeiro de Deus”. Eis o Cordeiro de Deus!



Copyright/Limitações para reproduções: a publicação destes arquivos é propriedade exclusiva de World Challenge, Inc. Ela pode ser impressa na totalidade de seus textos para o uso pessoal do leitor, ou visando passá-la adiante para familiares ou amigos. Ela não pode ser alterada ou editada de modo algum e toda reprodução desta publicação deve conter essa nota de copyright. Este material não é para ser colocado ou transmitido publica/eletronicamente a nenhum site, página ou FTP senão os seguinte: worldchallenge.org, davidwilkerson.org, ou tscpulpitseries.org.



© 2010 World Challenge, Inc., PO Box 260, Lindale, Texas 75771



O QUE É QUEBRANTAMENTO?


Por: Ronado Bezerra





Sl 51:17/ IS 57:15 / II Cr 7:14





O que significa Avivamento?

De acordo com o dicionário significa: avivar, tornar (-se) mais vivo, dar vida .

Durante o avivamento ocorrido no País de Gales, o cântico que mais se ouvia entre as pessoas era: "Quebranta-me mais e mais aos pés de Jesus".

O verdadeiro avivamento começa pelo arrependimento e pelo quebrantamento!





O Que significa Quebrantamento?

Quebrantamento é sabermos quem somos, reconhecermos nossas limitações (humildade), e nos submetermos a vontade de Deus. Não significa ter um semblante triste, melancólico, abatido; nunca sorrir e só chorar. Existem pessoas que derramam "rios de lágrimas" e nunca experimentaram o quebrantamento. O quebrantamento não é um sentimento, mas uma decisão; não é uma experiência única, mas é um processo, um contínuo modo de viver. O quebrantamento é a destruição da nossa vontade, a fim de que a vida e o Espírito do Senhor Jesus operem através de nós.Deus permite situações em nossa vida para que haja quebrantamento. Ele quer usar pessoas quebrantadas e não orgulhosas.





Dois exemplos:





1- Davi (II Sm 11 e 12:1-13) - Adulterou, e conspirou o assassinato de seu companheiro. Contudo, era "um homem segundo o coração de Deus". Quando foi confrontado com seu pecado, admitiu seu erro, assumiu a responsabilidade e se arrependeu (Sl 32:5; 51:1-11). Foi um homem humilde e quebrantado (Mt 23:12).

2- Saul (I Sm 15:18-23) - Comparado ao pecado de Davi, era algo insignificante. Errou apenas por não obedecer totalmente a Deus. Quando foi confrontado, procurou defender-se, justificar-se, e desculpar-se, colocando a culpa em outros tentando encobrir seu pecado. Por causa disso, perdeu o reino, a vida, e a família. Foi um homem orgulhoso e soberbo (Pv 16:18).

- O quebrantamento é um processo difícil e doloroso, mas produzirá bons frutos em nossa vida. Nos levará a uma comunhão e uma depedência maior de Deus.

- Somos "frios" na presença de Deus. Temos dificuldade em louvar a Deus por causa do nosso orgulho. Devemos descer do nosso "pedestal" para ouvirmos a voz de Deus. Somos menos do que nada - Is 41:24.

- Estamos muito preocupados com a nossa imagem e reputação perante os homens, mas Deus quer que o obeceçamos e escutemos a Sua voz (Ex: Os. 1 - Deus manda Oséias casar-se com uma prostituta para cumprir um projeto que Ele tinha naquela cidade). Deus não está preocupado com a aparência , Ele olha o coração (I Sm 16:7). Deus usa "coisas loucas" aos olhos humanos (I Co 1:25 - 29).

- Temos dificuldade em acertar os nossos problemas por causa do orgulho. Não queremos perder a nossa boa imagem e boa reputação perante as pessoas.





Como podemos saber se nosso coração é orgulhoso ou quebrantado?

- O orgulhoso procura falhas nos outros; é crítico e maldizente.

- O quebrantado tem uma profunda convicção das próprias necessidades espirituais e considera os outros superiores a si mesmo.

- O orgulhoso tem necessidade de provar que está certo.

- O quebrantado reconhece que pode errar.

- O orgulhoso defende seu tempo, direitos e reputação.

- O quebrantado renuncia seus direitos.

- O orgulhoso quer se servido e ter sucesso.

- O quebrantado deseja servir para que os outros sejam bem sucedidos.

- O orgulhoso busca ser reconhecido e estimado. Fica magoado quando os outros são promovidos e ele é menosprezado.

- O quebrantado reconhece que é indigno e se emociona quando é usado por Deus. Ele se alegra com a vitória de outras pessoas.

- O orgulhoso responsabiliza os outros pelos seus problemas. Quando é criticado, é intratável e se defende. - - O quebrantado reconhece o seu erro e recebe críticas com um espírito humilde e disposto a aprender.

- O orgulhoso espera que o outro venha lhe pedir perdão quando há desentendimentos.

- O quebrantado busca reconciliação, não se preocupando com a atitude da outra pessoa.

- O orgulhoso se compara com as outras pessoas e acha que faz tudo certo, não tendo nada do que se arrepender.

- O quebrantado reconhece que necessita da misericórdia divina e de uma constante atitude de arrependimento.

- O orgulhoso acha que não precisa de avivamento, mas tem certeza de que os outros precisam! O quebrantado reconhece sua constante necessidade de um novo encontro com Deus.





As bençãos do quebrantamento

A Palavra de Deus ensina que o quebrantamento traz bençãos. Jesus disse: "Bem - aventurados os humildes (quebrantados) de espírito, porque deles é o reino dos céus" - Mt 5:3.

1- Deus se aproxima do quebrantado (Sl 34:18) - Ele levanta o humilde e não despreza o coração quebrantado.

2- O quebrantamento aumenta a nossa capacidade de amar e adorar a Deus (Sl 116: 1 -2) - Isto acontece porque estamos livres para adorar a Deus e já não estamos mais preocupados com a opinião alheia e em proteger a nossa reputação. Estamos cheios de amor para com o nosso Deus.

3 - O quebrantamento aumenta nossa capacidade de produzir bons frutos (Mt 7:16-20) - Deus usa vasos (pessoas) quebrantados!

4 - O quebrantamento traz avivamento (II Cr 7:14) - O derramamento do Espírito Santo. Durante o avivamento ocorrido no país de Gales, o cântico que mais se ouvia entre as pessoas era: "Quebranta-me mais e mais aos pés de Jesus".





Reflexão - Por onde começar? 4 passos

Em primeiro precisamos enxergar quem Deus é e quem realmente somos.Em segundo precisamos pedir perdão(arrependimento) do nosso orgulho e clamar por misericórdia.Em terceiro precisamos aprender a reconhecer e verbalizar a nossa necessidade espiritual: "Sou eu, Senhor, quem precisa de transformação, e não o meu irmão ou minha irmã!"

Em quarto precisamos ser obedientes e sensíveis à vontade e direção do Senhor.