sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O JEJUM BÍBLICO- PARA QUEBRANTAMENTO,VITÓRIA NAS BATALHAS...

Abstinência ou abstenção total ou parcial de alimentação em determinados dias, por penitência ou prescrição religiosa ou médica.      
(Dicionário Aurélio
)
Jejum é uma prática muito comum no meio religioso,  todas as religiões existentes, cristãs ou não, usam desta forma de sacrifício para louvar as suas divindades.
Mas o que verdadeiramente é o jejum para os cristãos? 
Uma simples abstinência de alimentos! 
Não! 
Infelizmente muitos têm olhado para o jejum como um fardo difícil de ser carregado e ignorado o verdadeiro sentido desta abstinência. Ficam sem alimentar-se por um período levado pelas circunstâncias (determinação da igreja ou algo semelhante), porém, não conseguem ver a grandeza deste ato de louvor ao Senhor. Infelizmente resumindo: Passam Fome!

Em Isaias 58.6,7 está escrito: 

“Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade,   que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces   todo o jugo?  Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?"
O Senhor  está ensinando através de seu profeta, que o jejum deve envolver todo o nosso ser, a vontade é subjugada, a mente volta-se para Ele.  São momentos nos quais  devemos fechar a porta para a existência  e abrir-nos totalmente para o Senhor.  Longe de ser algo mecânico, ou encarado como uma obrigação, no entanto deve ser um ato que parte de nosso íntimo um reconhecimento da glória do Pai e do prazer em humilhar-se em sua presença. 
Este ensino é dado ao povo escolhido  desde os tempos dos reis,  como uma prática agradável e que geralmente movia o coração do Senhor. Sua pratica era geralmente em situações 
difíceis, em que o socorro divino era indispensável. 
Veja o exemplo de Davi: 

“... Jejuou Davi e, ... passou a noite prostrado...”  2Sm 12.16
Vejamos alguns textos que nos leva a conhecer diversos momentos em que o jejum foi extremamente necessário. Jl 1.14, 2.12;  2Sm 1.12;  Lc 5.33-35;  Sl 35.13;  Dn 6.18;  Et 4.16;  At 13.3, 14.23  etc
O jejum era uma prática comum entre os grandes servos do Senhor, pois sabiam que era uma forma de reabastecer-se, de renovar as forças para enfrentar as difíceis batalhas que tinham pela frente em seus ministérios e até mesmo na vida cotidiana.  
Veja alguns exemplos: 
Jesus:  Mt 4.2; 
Moisés: Ex 34.28;
Elias: 1Rs 19.8;
Paulo: 2 Co 11.27;
Cornélio: At 10.30; 

Ana: Lc 2.37;
Davi: 2 m 12.16;
Neemias: Ne 1.4;
Ester: Et 4.16;
Daniel: Dn 9.3  entre outros.
O jejum também era feito coletivamente, praticado simultaneamente  pela nação, numa cidade, pela igreja  etc. 
Leia os exemplos: 
Nação: Israel Jz 20.6, Ed 8.21, Jr 36.9 etc;
Cidade: Ninivitas Jn 3.5-8; 

Lideres: Apóstolos 2 Co 6.5;
Igreja:  Primeiros Cristãos At  13.2
Apesar de ser uma prática comum no seio da igreja do Senhor, na Bíblia vemos poucos ensinamentos a respeito de como praticá-lo.                                        
Em Mateus 6.16-18 vemos uma recomendação do Mestre em relação ao jejum:
“Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,  Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.”
Infelizmente este precioso ensinamento dado por Cristo pouco tem sido observado nos dias atuais, nos quais vive-se muito a aparência. E passar uma imagem de crente praticante deste sacrifico coloca sobre as costas uma capa de santidade. E o que deveria ser em secreto,         torna-se extremamente aparente, à semelhança do Fariseu que se exaltando dizia a todos: “Jejuo duas vezes por semana...” Lc 18.12
Nestes dias apocalípticos, a simplicidade da palavra já não tem lugar e muitos têm tentado explicar o inexplicável, e neste afã, inventaram diversas normas para a prática do jejum. 
E cada Pastor, impõe as suas ovelhas formas predefinidas e até absurdas para sacrificar ao Senhor. 
A palavra, porém, aponta para a voluntariedade é um pacto entre a pessoa e Deus; que   nasce no coração, com o  desejo de agradar ao Mestre. É uma forma de nos humilharmos em sua presença, clamando pela sua misericórdia ou demonstrando a nossa gratidão pelo seu amor.
Estava em Porto Seguro - BA, e por estar com a Bíblia na mão, aproximou-se um jovem crente. Começamos a conversar sobre as coisas espirituais e ele confidenciou-me que estava em jejum e por determinação do pastor, nem mesmo a saliva poderia engolir. 
Uma irmã contou-me, que para um verdadeiro jejum, teria que ficar em casa, orando e lendo a Bíblia e não poderia conciliar trabalho e jejum. 

E como estes exemplos radicais, há muitos outros.
Ditar normas e formas de sacrificar ao Senhor  é colocar fardos pesados sobre as pessoas e muitos são induzidos ao erro. 
E isto é andar em sentido contrário, pois Cristo veio tirar os fardos pesados difíceis de serem carregados, no entanto, muitos chamados homens de Deus, fazem questão de colocá-los sobre os ombros das ovelhas. 
O que deveria verdadeiramente ser ensinado e cobrado pelos pastores era a condição única de santificar-se, deixando o pecado  e de voluntariamente  chegar-se diante do Pai e fazer um pacto de sacrifício.
Na prática do Jejum  é indispensável: A) Leitura da Palavra  -  Meditar nos ensinamentos, vivenciá-los 
B) Oração  -  Jejum sem oração, não é jejum!  Deve-se esta em oração constante! 

E para orarmos, só precisamos de vontade.  Ora-se: andando pelas ruas; dirigindo; em casa;trabalhando; no metrô, trem ou ônibus; enfim em todos os lugares! 

Orar é falar com Deus, como ele conhece nossos pensamentos, não há necessidade de      sairmos pelas ruas clamando em voz alta. É só você e Deus! Ele te ouvirá. 
C) Estar em Espírito  -   É viver com a mente voltada para os céus, ligado nas coisas            espirituais. É uma condição de vida para todos os Servos do Senhor, em tempos de jejum ou não.  
“ Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.”  Sl 51.17
Quanto à forma de jejuar, esta depende do mover do Espírito Santo ou de sua própria opção, cito alguns exemplos: 
a) Ficar por um período sem alimentar-se: 12, 24 ou mais horas. 
b) Excluir da alimentação por um período pré-estabelecido algum item. 
Exemplo: Carne, refrigerantes, doces, etc. 
c) Não se alimentar com produtos fermentados. 
d) Alimentar-se só com raízes. 
e) Alimentar-se apenas com líquidos por um tempo determinado. 
f) 
Faça segundo o teu coração com o objetivo principal de honrar ao Senhor.
No Jejum, temos que afrontar a carne, lutar contra ela, humilhá-la, ir contra nossa própria vontade.  Portanto é inconcebível  que alguém venha oferecer um sacrifício que não vá doer na carne. Por exemplo: 
Querer excluir da alimentação o refrigerante por um período, quando normalmente você bebe esporadicamente.  

Certamente será em vão!
É Preciso ir contra a carne!  Afrontá-la!
“Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o  Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o SENHOR não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.” Rm 14.6-9
E assim deve ser o nosso viver, tudo quanto façamos, que seja feito no Senhor.
Consulte mais sobre jejum, veja os textos: 1Rs 21.9; 2 Cr 20.3; Ed 8.21; Sl 35.13, 69.10;  Jr 36.6; Dn 6.18, 9.3; Jl 1.14, 2.15; Jn 3.5; Zc 8.19; Mt 15.32, 17.21; Mc 8.3; Lc 2.37; At 14.23, 27.9; 2 Co 6.5, 11.27
Pr Elias R. de Oliveira

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